Identidade Visual



“O ceará e sua gente contado, recontado e cantado”

O mundo em que vivemos é um mundo da velocidade, da rapidez, do pouco tempo, das inúmeras coisas que há para fazer, dos muitos compromissos que nos afligem. Ninguém que viva no mundo atual pode negá-lo ou desconhecê-lo, por isso, nós no IV Encontro Internacional de Estudante de Letras mostraremos os múltiplos olhares sobre a cultura e a arte dos lembrados e esquecidos.

Propomos surpreender quem vê através de um conjunto de histórias reunidas numa viagem que surge de diferentes lugares e gerações. O Encontro busca valorizar e dar visibilidade à representatividade da cultura cearense, sede do evento. Onde as raízes se juntam na tradição, na modernidade, na cultura, na história e memórias à luz do sertão. O ceará e sua gente contado, recontado e cantado.

Descobrindo lagos e ruas, saudando as pessoas às janelas, convidando-as para um pezinho de dança ou só para ouvir e estar partilhando e contribuindo para a ambiência criada. As histórias populares despertam, vestindo os recantos da cidade com os aromas, os paladares, as cores e sonoridades com que na memória soletramos a palavra festa.

Cada traço narra uma história de vida, capta uma visão construtiva sobre a inclusão e a integração cultural para podermos aprender com o passado e recriar um futuro diferente. A diversidade urbana, as particularidades dos habitantes, os espaços e as estruturas que caracterizam nossa diversidade é aqui retratada pelo olhar atento do artista Rodrigo Lopes, que assume com ela uma forte relação afetiva e a desenha numa perspectiva de transversalidade artística.

A exposição dos nossos costumes é também uma denuncia no plano social atual, pois falar do Ceará não é apenas falar do mar ou do sertão. Mais do que isso é falar de toda a sua história e das suas gentes, que o tornam tão especial. Objetiva-se mostra não só o conflito social latente nessa região, mas também a diversidade cultural que ela compreende.

Cada um transporta uma história que aporta à visita, transformando-a numa experiência singular, numa viagem que descobre o mar, a sua história, a sua cultura e as suas gentes. Convidamos a revisitar a cidade que se veste de festa para seduzir quem por ela passa; a seguir o entrecruzamento das histórias.

Pela primeira vez, o Encontro atravessa as cordilheiras para acontecer à beira mar do Oceano Atlântico na cidade de Fortaleza, no nordeste brasileiro. Do mar, em suas jangadas movidas à vento, chegam nossos primeiros personagens abençoados pela rainha do mar. Os verdes mares da costa cearense escondem riquezas pouco conhecidas que aos poucos vão sendo reveladas.

Bordas de lado o mar, outro lado é as dunas. Os ventos que levam nem sempre trazem de volta. As rugas acentuadas, que denunciam um passado de luta, e a impressionante força física, apesar da fragilidade de um corpo desgastado, são dois grandes motivos para orgulhar-se. As mulheres a desbravar corajosamente o alto-mar, habitat dos grandes peixes.

Entre uma ideia e outra, pairam quase sempre aqueles mesmos 10 segundos de eternidade. Descubra o nosso Ceará que conta, canta e encanta.